Crises convulsivas febris na sala de emergência. Análise de 66 casos pediátricos / Febrile convulsions in the emergency room - an analysis of 66 pediatric cases

Introdução: Crise convulsiva febril é o tipo mais frequente de crise convulsiva na infância, ocorrendo em 2% a 5% das crianças saudáveis sob aspecto neurológico. O objetivo de nosso estudo foi analisar dados epidemiológicos e neurológicos nestes pacientes atendidos no setor de emergência pediátrica. Métodos: Foram incluídos pacientes com crise convulsiva febril atendidos no setor de emergência do Hospital Pequeno Príncipe entre fevereiro e outubro de 2007 e excluídos os pacientes com menos de 30 dias de vida, com crises epiléticas afebris prévias e com diagnóstico de infecção do sistema nervoso central. Resultados: Foram avaliadas 66 crianças, sendo 54,6% do sexo masculino e 45,4% do sexo feminino, com idade entre 3 e 85 meses (média de 32,5 meses). Quanto à história familiar, 83,4% não tinham parentes de primeiro grau com crise convulsiva e 12,1% tinham parentes de primeiro grau com crise febril. De acordo com a classificação, 75,8% apresentaram crises com duração inferior a 15 minutos, 16,7% tiveram crises focais e 83,3% crises generalizadas. Uma única crise no dia do atendimento no setor de emergência ocorreu em 75,8% dos casos. Quanto à etiologia da febre, 22 (33,4%) crianças apresentaram rinofaringite, sete (10,6%) otite, sete (10,6%) tonsilite, cinco (7,6%) diarreia aguda, quatro (6,1%) sinusite, três (4,5%) laringite, uma (1,5%) infecção do trato urinário e uma (1,5%) apresentou pneumonia. A maioria das crianças (75,8%) foi medicada exclusivamente com antitérmicos e medidas físicas para controle de temperatura, enquanto as demais receberam drogas anticonvulsivantes. Conclusão: Crises convulsivas febris são as ocorrências mais comuns de avaliação neuropediátrica no setor de emergência. É frequente que essas crises durem menos de 15 minutos e possuam apresentação generalizada.

Convulsiones febriles en el Hospital "Dr. Leopoldo Manrique Terrero", Coche, Caracas, enero 1993-abril 1998 / Febrile convulsions in the Hospital \"Dr. Leopoldo Manrique Terrero\", Coche, Caracas, enero 1993-april 1998

Las convulsiones febriles son el trastorno convulsivo más frecuente en la infancia entre los 6 meses y 5 años, en ausencia de infección del sistema nervioso central. Se realizó un estudio retrospectivo con revisión de 96 historias clínicas de pacientes ingresados por convulsiones febriles al Servicio de Pediatría del Hospital Médico Quirúrgico de Emergencia de El Valle "Dr. Leopoldo Manrique Terrero" de Caracas, entre enero de 1993 y abril de 1998. Las convulsiones febriles representaron el 1,21 por ciento del total de ingresos al Servicio durante el período de estudio. Del total de ingresos por convulsiones febriles, 68,75 por ciento se acompañaron de pérdida de la conciencia, 91,67 por ciento fueron generalizadas, 72,92 por ciento menos de 15 minutos, 9,38 por ciento más de 15 minutos y el restante 17,70 por ciento no registraban información en la historia médica. En 70,83 por ciento de los casos no se asociaron otras convulsiones al primer episodio. El grupo de edad más afectado fue el de los lactantes con 31,5 casos por año de edad. Al momento del ingreso en 57,29 por ciento de los casos no se utilizó ningún medicamento para dominar la crisis por ceder ésta espontáneamente. En 14,58 por ciento se usó diazepam y difenilhidantonia. En 2,08 por ciento fue necesario el uso de 4 medicamentos incluyendo pentotal sódico. A 43,75 por ciento de los pacientes se les realizó punción lumbar, de las cuales 8,33 por ciento reportaron LCR patológico compatible con infección del sistema nervioso central. Es importante trasmitir a los padres la importancia de cuantificar la fiebre y controlar temperatura, realizar programas de educación para la salud a objeto de enseñar a las madres el manejo del termómetro para de esta forma evitar las convulsiones primarias y recurrentes y sus secuelas